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GAECO/MPRJ denuncia e obtém a prisão de policial civil, PM e integrantes de milícia na Baixada Fluminense
Publicado em Tue Dec 09 08:43:23 GMT 2025 - Atualizado em Tue Dec 09 13:25:42 GMT 2025

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) denunciou à Justiça 13 integrantes de uma milícia, com atuação em Belford Roxo e Duque de Caxias. Entre os alvos estão o policial civil Jaime Rubem Provençano e o policial militar Gilmar Carneiro dos Santos, conhecido como “Professor Gilmar”. À época dos fatos, em 2024, o policial civil estava lotado na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e o policial militar no 39º Batalhão da Polícia Militar, em Belford Roxo. Segundo as investigações, eles teriam participado do vazamento de informações sobre operações e dado suporte às atividades da organização criminosa.

A pedido do GAECO/MPRJ, o Juízo da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa decretou a prisão preventiva de todos os denunciados. Eles vão responder pelo crime de constituição de milícia privada. Os mandados da Operação Golden Head são cumpridos nesta terça-feira (09/12) pelo MPRJ, com apoio das corregedorias da Polícias Civil e Militar. As diligências ocorrem em endereços na Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Belford Roxo e Duque de Caxias, além de unidades prisionais.
 

Investigação do GAECO/MPRJ

O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) conduzido pelo GAECO/MPRJ revelou que a milícia é liderada por Diego dos Santos Souza, o “Cabeça de Ouro”, e por Carlos Adriano Pereira Evaristo, o “Carlinhos da Padaria”, que comandavam as ações de dentro do sistema prisional. A cobrança dos valores era gerenciada por Angelo Adriano de Jesus Guarany, o “Magrinho”, responsável por articular a comunicação entre os líderes presos e os cobradores nas ruas.

Os promotores descrevem que a organização praticava extorsões contra comerciantes e mototaxistas. Também há registros de torturas, execuções e disputas armadas por território. O grupo atuava nos bairros Wona, Lote XV e Vale das Mangueiras, em Belford Roxo, e no bairro Pantanal, em Duque de Caxias.
 

As investigações reuniram provas sobre a existência de controle financeiro, prestação de contas e ordens transmitidas por mensagens. A apuração também identificou disputas armadas com um grupo rival, registros de traições, coações de integrantes e planejamento de ataques.

 

Por MPRJ

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